terça-feira, 26 de julho de 2011

TRANSPLANTE DE ORGÃOS

TRANSPLANTE DE ORGÃOS

Nesta série de três vídeos, vemos uma exposição bíblica sobre o conceito ético-teológico que aborda a prática da Medicina Moderna em realizar cirurgias de transplante de orgãos de uma pessoa para outra. Veremos que tal prática é compatível com o amor cristão que tem como grande princípio: Uma pessoa dar a sua vida para outra. Audio em português (Texto do escriba Valdemir Mota de Menezes)







TRANSPLANTATION D'ORGANES

Dans cette série de trois vidéos, nous voyons une exposition biblique du concept éthico-théologique qui traite de la pratique de la médecine moderne à pratiquer la chirurgie de transplantation d'organes d'une personne à l'autre. Nous verrons que cette pratique est compatible avec l'amour chrétien qui est le grand principe: Une personne à donner sa vie pour une autre. Audio en portugais (texte de l'écrivain: Valdemir Mota de Menezes)





ORGAN TRANSPLANT

In this series of three videos, we see a biblical exposition of the ethical-theological concept that addresses the practice of modern medicine to perform organ transplant surgery from one person to another. We will see that such practice is compatible with Christian love which is the great principle: A person to give his life for another. Audio in Portuguese (text of the scribe: Valdemir Mota de Menezes)



TRASPLANTE DE ÓRGANOS

En esta serie de tres videos, podemos ver una exposición bíblica del concepto ético-teológica que se ocupa de la práctica de la medicina moderna para llevar a cabo la cirugía de trasplante de órganos de una persona a otra. Veremos que tal práctica es compatible con el amor cristiano, que es el gran principio: una persona a dar su vida por otro. Audio en Portugués (texto del escribano: Valdemir Mota de Menezes)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

EPILEPSIA

MEU COMENTÁRIO: Li o texto abaixo e concordo com as descrições sobre as características dos epilépticos. Estudos mais avançados poderão apontar as origens biológicas e neurológicas dos pontos e locais do cérebro que são afetados pelos portadores da epilepsia. O mapeamento cerebral, o estudo físico da epilepsia muito tem contribuído no tratamento dos portadores destes distúrbios, contudo, tais estudos ficam incompletos e deixam de avançar significativamente, porque excluem em suas pesquisas os fatores espirituais. A epilepsia jamais será conhecida em todos os seus ângulos, enquanto os homens não desvendarem as influências diabólicas que causam os transtornos nestes indivíduos. Jesus abordou o problema da epilepsia com um tratamento muito simples e eficaz: Sai Satanás!!! (Texto do escriba Valdemir Mota de Menezes)




COMPORTAMENTO VIOLENTO - 2
EPILEPSIA, PERSONALIDADE E AGRESSIVIDADE
A abordagem da epilepsia tem sido muito diferente entre as duas disciplinas médicas que se ocupam do problema: a neurologia e a psiquiatria. Neurologicamente a epilepsia pode ser entendida como uma disritmia cerebral paroxística capaz de provocar alterações no sistema nervoso central e, conseqüentemente, em todo organismo. Sob o ponto de vista psiquiátrico, também se entende a epilepsia como uma disritmia cerebral paroxística, com alterações funcionais do sistema nervoso central e, conseqüentemente, manifestações no comportamento, nas emoções e nos padrões de reações do indivíduo.
O termo Epilepsia refere-se a uma condição crônica de ataques periódicos ou repetidos, causados por uma condição fisiopatológica da função cerebral, resultante da descarga espontânea e excessiva de neurônios corticais. Entretanto, não se deve entender a epilepsia como uma doença exclusivamente convulsiva. A convulsão é apenas um dos sintomas da doença, o qual traduz a existência ocasional de uma descarga excessiva e desordenada do tecido nervoso sobre os músculos do organismo. A epilepsia porém, deve ser conceituada atualmente, como uma síndrome com um conjunto de sinais e sintomas decorrentes desta disritmia cerebral paroxística. Nesta síndrome portanto, a convulsão propriamente dita, pode até estar ausente, como se acredita que aconteça na maioria dos pacientes disrítmicos
Na disritmia cerebral o distúrbio no padrão elétrico da atividade neuronal mostra-se paroxisticamente e pode ser oriundo de qualquer parte do sistema nervoso central. Entretanto, alguns estudos iniciais pela tomografia de emissão de pósitrons têm mostrado que os focos epilépticos são hipometabólicos nos períodos intercrises, ou seja, o foco será hiperativo durante as crises e hipometabólicos fora das crises, o que significa não funcionarem bem em nenhum momento. Quando a localização do foco epileptógeno é no lobo temporal, esta atividade disrítmica se mostra mais relevante para a psiquiatria. Neste caso será denominada Epilepsia Parcial Complexa, Epilepsia do Lobo Temporal ou Epilepsia Psicomotora.
Em estudo realizado no Canadá em 1994 (Nathaniel J.Pollone e James J. Hennessy), num grupo de 372 homens presos de um hospital mental judiciário de segurança máxima, 20 % tinham anormalidades focais temporais do eletroencefalograma, e 41% tinham alterações patológicas da estrutura cerebral no lobo temporal. Isso sugere um relevante papel dos danos neurológicos na formação do comportamento violento. Os dados mostraram uma proporção de 21:1 para agressivos habituais, ou seja, 21 portadores de alterações neurológica para cada 1 agressivo sem essas alterações. Em relação à população normal a incidência foi de 4:1, ou seja, 4 vezes mais freqüente os agressores com as alterações neurológicas que os agressores sem elas.
As considerações acerca de determinada personalidade "epileptiforme", a qual reúne traços encontradiços em pacientes disrítmicos, têm despertado discussões virulentas. Por cautela meramente acadêmica, colocamos o "epileptiforme" entre demagogos parênteses. Mesmo que a prática clínica cotidiana constate substanciais argumentos em favor de um rico conjunto de características personais em epilépticos, tanto sob o ponto de vista comportamental quanto afetivo, convém estabelecer mais algumas considerações sobre esse polêmico assunto e, desta forma, evitar arranhar opiniões ainda não sensibilizadas pela força das observações.
Kaplan considera, juntamente com outros tantos autores, uma alta incidência de psicoses na epilepsia. Além disso, as perturbações da personalidade constituem os problemas psiquiátricos mais comuns nesta disfunção do Sistema Nervoso Central. Não se afirma, com isso, que todos epilépticos possuam a mesma personalidade ou as mesmíssimas características, de forma que possamos colocá-los todos num mesmo "clone". O que acontece são determinados traços comportamentais, de relacionamento, de reação vivencial, de emotividade e impulsividade encontrados estatisticamente de maneira significativa nos pacientes epilépticos.
Para melhor compreensão desse tema, é fundamental entendermos esse nosso epiléptico, não necessariamente como aquela pessoa que tem convulsões. Quase pelo contrário. A prática clínica nos tem ensinado que os epilépticos convulsivos são, inclusive, menos propensos à alterações de personalidade do que aqueles não convulsivos. Essas observações decorrem de um diagnóstico retrógrado, ou seja, primeiramente constatamos algum traço ou mesmo alteração de personalidade para, depois, constatarmos alterações eletroencefalográficas. Notadamente, são alterações do lobo temporal.
Outro fato a ser lembrado é em relação aos termos usados: estamos falando em traços e alterações de personalidade e não, necessariamente, em Transtornos de Personalidade. Isso quer dizer que esses traços nem sempre constituem uma doença. Para tal, de acordo com o conceito de Transtornos de Personalidade, há necessidade de concomitante prejuízo social e ocupacional.
Há uma maneira de ser do epiléptico caracterizada, principalmente, por irritabilidade, explosividade, agressividade, querelância, viscosidade, instabilidade de humor e outros sinais muito bem delineados pelo trabalho de Lúcia Coelho. Também se vê na prática clínica, outras alterações mais patológicas e responsáveis por alterações da sensopercepção, tais como alucinações e ilusões, não citadas por essa autora e encontradas em pacientes com alterações eletroencefalográficas do lobo temporal.
Inegavelmente a epilepsia resulta de um distúrbio fisiológico do Sistema Nervoso Central e não de conflitos intra-psíquicos, embora, sem dúvida, estes possam coexistir. Assim, os transtornos epileptiformes da personalidade seriam muito mais secundários a alterações funcionais do Sistema Nervoso Central, do que motivados por razões exclusivamente emocionais, cogitando-se, inclusive, que muitos dos sentimentos esboçados por tais pacientes sejam conseqüência deste distúrbio funcional.
EPILÉPTICOS ADULTOS - TRAÇOS *
Irritabilidade e Agressividade... 83%
Dificuldades de relacionamento... 83%
Hiperemotividade... 73%
Dependência Afetiva... 60%
Misticismo... 60%
Instabilidade de humor... 60%
Sintomas depressivos/ hipocondria... 56%
Dificuldades Sexuais... 53%

EPILÉPTICOS ADULTOS - SINAIS CLÍNICOS *
Perda de fôlego em criança... 93%
Enurese noturna até tarde... 73%
Instabilidade da Atenção... 93%
Cefaléias ou enxaquecas... 70%
Vista escura (tontura postural)... 70%
Agitação durante o sono... 50%

*Porcentagens encontradas em pacientes epilépticos reportadas no trabalho de LúciaCoelho, "Epilepsia e Personalidade".

Uma das características da personalidade facilmente observável nos epilépticos extrovertidos, talvez seja a chamada "viscosidade", mas só nos extrovertidos. Esta alteração se evidencia numa forma de inter-relacionamento pessoal caracterizada por adesividade, circunstancialidade e prolixidade; a conversação com o paciente costuma ser lenta, séria, pedante, irritantemente ponderada, excessivamente cheia de detalhes, minúcias supérfluas e demasiadamente circunstancial. Comumente o ouvinte se aborrece diante do desprezo ao tema principal da conversa em benefício dos detalhes, procura reconduzir o assunto à pauta principal mas o paciente insiste no discurso com um volteio interminável. Encerrar a conversa com tais pacientes é tarefa difícil, despedir-se deles é demorado e irritante; freqüentemente fazem que dão o assunto por encerrado mas acrescentam mais alguma coisa, ficam mais um pouco, lembram mais alguma coisa a perguntar, enfim, grudam demais. Por isso são chamados de viscosos ou pegajosos.
Outra peculiaridade comportamental encontradiça em alterações da personalidade do paciente disrítmicos é a agressividade. Segundo Kaplan, existem evidências sugerindo que o aumento da agressividade esteja relacionada a lesões focais irritativas, particularmente do lobo temporal e frontal, amígdala medial e tegumento mesoencefálico. Johnson refere pesquisas de Mark e Ervin constatando mais de 50% de epilepsia entre 163 pacientes agressivos e acrescenta que "o tipo mais comum de doença cerebral associada ao comportamento destrutivo e ao descontrole de comportamento é a epilepsia do lobo temporal".
Bleuler diz ser a intensidade mórbida dos impulsos emocionais e dos estados de ânimo o traço mais dominante do caráter epiléptico, muito mais prolongados que numa pessoa normal e mais difíceis de interromper por influências externas. Assim sendo, o epiléptico pode ter uma ira cega em circunstâncias nas quais uma pessoa sadia apenas se zangaria. Mas não é só a irritabilidade a se manifestar de maneira exacerbada, também a alegria, gratidão e dedicação tendem a exagerar-se nesses distúrbios. Denis Williams aponta a intensificação das emoções, as dificuldades de relacionamento e o comportamento agressivo nas epilepsias do lobo temporal, entre outras características.
O termo "personalidade epileptóide" é utilizada por Kaplan ao descrever o Transtornos Explosivo Intermitente, segundo a classificação do DSM-III-R. O Transtornos Explosivo Intermitente foi tratado pelo DSM-III-R e continua classificado pelo DSM-IV, no capítulo dos Transtornos do Controle dos Impulsos. Na CID-10 corresponde ao código F63.8, rotulado como Outros Transtornos dos Hábitos e Impulsos, dentro do capítulo Transtornos dos Hábitos e Impulsos. Devemos incluir aqui comportamentos mal adaptativos, persistentemente repetidos que não sejam secundários à qualquer síndrome psiquiátrica reconhecida e nos quais parece haver falhas repetidas a resistir a impulsos para executar o comportamento agressivo.
Tanto a CID-10 quanto o DSM-IV colocam os seguintes transtornos juntos:
1 - Transtornos Explosivo Intermitente
2 - Cleptomania
3 - Jogo Patológico
4 - Piromania
5 - Tricotilomania
A característica essencial dos Transtornos de Controle dos Impulsos é o fracasso em resistir a um impulso ou tentação de executar um ato perigoso para a própria pessoa ou para outros. Na maioria dos transtornos descritos nesta classificação, o paciente sente uma crescente tensão ou excitação antes de cometer o ato. Após cometê-lo, pode ou não haver arrependimento, auto-recriminação ou culpa.
Embora o indivíduo fracasse em resistir ao ímpeto e à tentação para a realização de tais atitudes, poderá experimentar grande arrependimento tão logo concretize o ato. Kaplan enfatiza autores atuais que atestam um possível envolvimento de fatores orgânicos nos distúrbios dos impulsos e determinadas experiências que demonstram regiões específicas do cérebro envolvidas com a atividade impulsiva e violenta, como é o caso do sistema límbico e epilepsias dos lobos temporais. Este quadro de explosividade e/ou agressividade é melhor estudado no capítulo anterior sobre o Comportamento Violento.
Um outro transtorno da personalidade associado à epilepsia, desta feita do lobo frontal (raras vezes também à epilepsia do lobo temporal), é a condição descrita pelo DSM-III-R como Síndrome Orgânica da Personalidade, referida em classificações mais antigas como um padrão de comportamento compatível com a Síndrome do Lobo Frontal. É um distúrbio persistente da personalidade caracterizado principalmente por instabilidade afetiva, explosões de agressividade ou raiva recorrentes, comprometimento acentuado do julgamento social, apatia acentuada e indiferença, desconfiança ou ideação paranóide.
No caso de Síndrome Orgânica da Personalidade, pode haver um acentuado comprometimento social e ocupacional proporcional ao comprometimento do juízo crítico e às crises de explosividade, fato muito mais atenuado nos casos de Transtornos Explosivo Intermitente. De maneira geral, tanto a Síndrome Orgânica da Personalidade como o Transtornos Explosivo Intermitente são modalidades de personalidade que proporcionam ao indivíduo uma maneira própria de existir, de reagir e de sentir a vida e cuja etiologia supõe-se associada à um transtorno disrítmico do Sistema Nervoso Central, porém, sem menção obrigatória da existência de convulsões.
De todo complexo sintomático associado à epilepsia, três sinais receberam atenção maior dos pesquisadores: irritabilidade, instabilidade afetiva e viscosidade. Nenhum deles, entretanto, é patognomônico da epilepsia e nem tampouco obrigatório nos pacientes epilépticos. Mais apropriado seria considerá-los como componentes de uma vasta constelação caracterológica, na maioria das vezes compatível com uma boa manutenção da vida gregária, mas possíveis de uma abordagem psiquiátrica, sempre que esta modalidade de personalidade fizer sofrer o indivíduo ou aqueles que o rodeiam.
CLASSIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO
Devemos considerar a epilepsia sob dois pontos de vista: primeiramente como um conjunto sindrômico de sinais e sintomas psíquicos e, em segundo, como possibilidade de manifestação da potencialidade epiléptica sob a forma de crises clínicas definidas, desde a clássica convulsão generalizada até pequenos sintomas sensitivos, cognitivos ou psicomotores.
No caso de ser abordado o conjunto sindrômico do paciente disrítmico há que se compreender o epiléptico, com sua maneira de ser e sua personalidade. No caso da caracterização clínica das crises procura-se compreender a epilepsia, com seu quadro clínico, curso e evolução. Interessa à psiquiatria a abordagem do epiléptico em geral e das epilepsias com peculiar expressão psíquica. As demais formas são melhor estudadas pela neurologia.
As epilepsias podem ser Parciais ou Generalizadas. As epilepsias ditas Parciais são aquelas que comprometem apenas um dos hemisférios cerebrais. Entre elas, serão consideradas Parciais Simples sempre que não houver comprometimento da consciência e, ao contrário, Parciais Complexas havendo tal comprometimento. São Generalizadas as epilepsias que afetam ambos hemisférios cerebrais e, tal como as parciais, podem ser Convulsivas e não-Convulsivas.
I - EPILEPSIA PARCIAL
Simples
Complexa
II - EPILEPSIA GENERALIZADA
Convulsiva
Não Convulsiva
Entre as crises epilépticas interessa particularmente à psiquiatria, a Crise Parcial com Sintomatologia Psíquica. Estas crises podem se manifestar em forma de distúrbios paroxísticos da linguagem com crises de afasia transitórias, podem apresentar lapsos paroxísticos de memória, sensações de "dêjà vu" ou de "jamais vu". Não raras vezes há queixas de distorções na percepção dos objetos, ora percebidos como aumentados ora como diminuídos, disformes, mudados de posição, etc.
Outras peculiaridades podem estar presentes nas Crises Parciais com Sintomatologia Psíquica, como por exemplo, as modificações paroxísticas do humor e do afeto, sensações de prazer e desprazer, episódios súbitos e imotivados de depressão e raiva, de medo e terror. O início e o término destas manifestações é, via de regra, abrupto e, freqüentemente, existem outros sinais sugestivos de disritmia concomitantes.
É de primordial importância ao clínico ter noção dessas alterações sensoperceptivas e emocionais conseqüentes à epilepsia. Estas são situações que despertam, na maioria dos psiquiatras, uma grande inclinação à utilização de antipsicóticos e/ou antidepressivos mas que, não obstante, respondem muito melhor ao uso de anticonvulsivantes, notadamente a carbamazepina.
Quando estas Crises Parciais são Complexas as alterações da consciência podem dar-se sob a forma de estreitamento, denominado Estado Crepuscular, freqüentemente de média ou longa duração. Nestes Estados Crepusculares é comum um certo automatismo motor, quase sempre com atitudes sem objetivo prático e expressão facial sugestiva de medo ou agressividade. Havendo agressividade extremada durante o Estado Crepuscular, podemos falar em Furor Epiléptico, distúrbio responsável por graves danos sociais e familiares. Passado o episódio, normalmente o paciente não guarda uma lembrança nítida do ocorrido.
Psiquiatricamente, entretanto, interessa-nos os indivíduos não apenas com crises eletrencefalograficamente ou fisiopatologicamente delimitadas mas, sobretudo, os portadores de um conjunto mais abrangente de sinais e sintomas capazes de conferir-lhes uma maneira peculiar de contatar a realidade e de viver. De acordo com este conceito, muitos autores têm utilizado o termo Personalidade Epiléptica (9,10), Epileptiforme ou Epileptóide para designar esta constelação de características psíquicas associadas à atividade disrítmica do Sistema Nervoso Central, notadamente do lobo temporal.
Eneida Matarazzo reconhece alterações de várias áreas do psiquismo como manifestações permanentes dos pacientes epilépticos. Na esfera do pensamento ela sublinha a prolixidade e viscosidade comentadas acima, na sexualidade ela refere o aumento ou diminuição da libido, na psicomotricidade observa a hiperatividade infantil e a presença de tiques e, na esfera da volição, enfatiza as obsessões e compulsões. As alterações da afetividade são descritas por essa autora englobando a irritabilidade, a agressividade, o medo e a depressão. Esta última com a marcante característica de apatia depressiva, mais que de tristeza, propriamente dita, e enfatiza também o medo patológico, imotivado e com início precoce na infância.
O diagnóstico da epilepsia, do ponto de vista psiquiátrico, quer seja do Transtornos Explosivo Intermitente, do Transtornos Explosivo da Personalidade, da Síndrome de Descontrole Episódico, de alguns Transtornos Disruptivos da Infância, da Epilepsia não Convulsiva, da Epilepsia Parcial com sintomas psíquicos ou, simplesmente, da Personalidade Epileptiforme, deve repousar em bases eminentemente clínicas. Devem ser avaliadas as manifestações da conduta, das emoções, das reações, do desenvolvimento psicomotor, bem como as queixas somáticas vagotônicas, a vida infantil e o relacionamento interpessoal. Enfim, devemos armar um arcabouço da personalidade atual e pregressa e daí, independente dos resultados eletrencefalográficos, dizer se o paciente tem ou não traços epileptiformes.
Para os profissionais sensíveis ao conceito das alterações da personalidade de natureza epiléptica, é muito importante a investigação minuciosa sobre algumas características personais. Evidentemente isso contribuirá, sobremaneira, na melhor resolutividade terapêutica, já que, como dissemos, tais quadros respondem bem à carbamazepina.
Deve-se verificar a ocorrência de enurese noturna na infância até mais de 6 anos, terror noturno mesmo depois de adulto, sono muito agitado com fala noturna e/ou sonambulismo em qualquer idade, episódios de perda de fôlego na primeira infância, ocorrência de convulsões febris na infância, irritabilidade e agressividade a vida toda, instabilidade do humor do tipo que acorda com o "pé esquerdo", cefaléias freqüentes, incluindo o tipo enxaqueca, episódios de vista escura e tontura postural, distúrbios da atenção na infância, viscosidade, tendências depressivas do tipo apático. Trata-se de uma verdadeira constelação de traços que, no mínimo, oferecerão uma opção à mais para hipótese diagnóstica.
Há quem recomende, também, para a possibilidade desse tipo de personalidade epileptiforme, observações sobre a predominância do Sistema Nervoso Parassimpático, tais como, bradicardia, hipotensão arterial, tendência à gastrites e úlceras digestivas, alergia e asma brônquica. Para a psiquiatria, a convulsão generalizada é apenas mais um sintoma epiléptico, podendo ou não estar presente e o eletroencefalograma, nesses casos, só terá valor se positivo.
Ballone GJ - Violência e Psiquiatria - in. PsiqWeb, Internet, disponível em revisto em 2002


Segundo o site NeuroPsicoNews, "A epilepsia é descarga elétrica maciça e espontânea não controlada de células cerebrais. Cerca de uma pessoa em 300 sofre de epilepsia do lobo temporal (ELT), o que contribui para cerca de metade de todas as epilepsias dos adultos; diferem da epilepsia do tipo grande mal porque as descargas não ocorrem em todo o cérebro, mas se concentram nos lobos temporais do córtex cerebral. As causas de ELT são desconhecidas e provavelmente variadas, sendo controversa a sua relação com a violência. De acordo com alguns especialistas, as pessoas com ELT são facilmente provocadas à violência, especialmente por sentimentos de injustiça, nos períodos entre as crises (períodos interictais). Uma teoria explica a chamada síndrome do comportamento interictal como decorrente de uma alteração da sensibilidade do sistema límbico e do tronco cerebral produzida por descargas elétricas não controladas repetidas – fenômeno conhecido como kindling ou ignição. Os defensores deste ponto de vista citam estudos mostrando que muitos delinqüentes e pacientes violentos com crises recorrentes de raiva têm ELT. Outros, porém, dizem que não há personalidade epiléptica distinta nem evidência clara de que pessoas com ELT sejam particularmente agressivas ou irritáveis (veja a página).
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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terça-feira, 14 de junho de 2011

ENGASGAR

Engasgado

No video abaixo o escriba Valdemir Mota de Menezes em conversa com sua mãe e tia Bernadete, escuta a historia da Bernadete no dia que ela engasgou, quando criança.



O texto abaixo foi copiado do site:

http://revistavivasaude.uol.com.br/Edicoes/10/artigo5206-1.asp


Engasgou? E agora?
Se o tapinha nas costas não adiantar, é preciso recorrer imediatamente a outras formas de socorro. Caso contrário, esse simples acidente de percurso pode bloquear a passagem do ar, provocar desmaio e até a morte

POR DANIELA TALAMONI

Durante um happy hour com os amigos, alguém resolve fazer piadas bem na hora em que você engole um pedaço de pizza. Pronto! Você começa a tossir, ficar vermelho, seus olhos se enchem de lágrimas, a conversa é interrompida e logo aparece alguém para bater nas suas costas, levantar o seu braço, oferecer um copo de água ou mesmo para invocar São Brás, o protetor dos engasgados.
Felizmente, essas providências bem conhecidas e simples costumam ser suficientes para dar um basta no sofrimento. Afinal, a tosse constrangedora e involuntária que precede qualquer engasgo é por si só uma defesa natural e, geralmente, consegue em poucos segundos expulsar o alimento da garganta ou colocá-lo no caminho certo para o estômago, sem muito transtorno.
Contudo, quem já engasgou para valer com o alimento ou alguma bebida sabe que às vezes o susto pode ser maior. A faringe é a porta de entrada tanto da alimentação quanto da respiração no organismo. A comida e o ar, porém, devem seguir rumos bem diferentes. Para isso, são 'orientados' pela epiglote, uma espécie de tampa localizada na garganta, que abre e fecha, independentemente da nossa vontade. "Quando essa pequena estrutura está fechada, tudo o que é sólido ou líquido é encaminhado para o esôfago em direção ao estômago. Ao se abrir, é a vez de o ar partir para a laringe, passando pela traquéia até chegar aos pulmões", explica o gastroenterologista Stephan Geocze, chefe do Setor de Endoscopia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Vez ou outra essa engrenagem falha, a epiglote abre no momento errado e aquele pedaço de pizza, por exemplo, é desviado para a laringe, irritando-a e fazendo você engasgar. O problema é que, dependendo do jeito em que ocorre o engasgo e o tamanho do alimento ingerido, o ato de tossir não será suficiente para livrar a pessoa do sufoco. Evite maiores sustos
Nesse momento, enquanto a equipe de paramédicos não chega - sim, em alguns casos eles são necessários -, é importante que se façam algumas manobras de socorro o quanto antes. Caso contrário, o objeto do engasgo obstruirá a passagem do oxigênio para o aparelho respiratório de tal modo que poderá em pouco tempo provocar asfixia, desmaio e até a morte.
As crianças são as principais vítimas, mas, sem dúvida, pelo menos uma vez na vida alguém irá engasgar. Entre as inúmeras razões para isso estão os excessos alimentares ou de líquidos na boca, as próteses dentárias inadequadas e até a simples pressa ao engolir. A ansiedade, aliás, é considerada uma das principais vilãs e tem feito muita gente engasgar com a própria saliva, sem ter comido ou bebido nada.
Por outro lado, apesar de o engasgo ser algo tão comum quanto tropeçar na rua, é preciso ficar atento quando o episódio passa a ser freqüente, especialmente com o passar dos anos. "Existem várias doenças, como nódulos e cânceres de boca, faringe e do aparelho digestório ou respiratório, que podem provocar alterações anatômicas na garganta, aumentando a possibilidade de engasgo", alerta Stephan Geocze. Por isso, neste caso, depois de recuperar o fôlego, a recomendação é que se procure um médico especialista.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

RAZÃO DESTE SITE

Aqui você obterá informações básicas sobre a Medicina Moderna e os avanços científicos que visam minimizar o sofrimento humano, melhorando as condições de vida. As doenças são os principais mecanismos usados pela morte para que não vivamos para sempre. Este blog também quer mostrar que Deus pode aliviar nossos sofrimento neste mundo e nos dá a promessa de uma vida eterna, sem doenças e males para todo aqueles que se submeterem a sua vontade.

LEPRE

LEPRE (MEDECIN)



Cette maladie, souvent cité dans les Écritures (la Bible), les causes de grandes souffrances pour l'homme et est toujours une forte expansion en Afrique (Par ecribe Valdemir Mota de Menezes)


EAU POTABLE

L'eau potable est un bien essentiel à la vie humaine. L'être humain doit comprendre que l'eau est une marchandise qui ne peut pas être gaspillé. La croissance rapide de la population rend la nécessité de plus d'eau pour alimenter les grandes villes une question plus grave encore. (Administrateur Valdemir Mota de Menezes)

SOLITÁRIA


Neurocisticercose
É uma forma particular de cisticercose, doença relacionada ao ciclo de vida de um parasita do corpo humano, a Taenia solium, popularmente conhecido como "tênia" ou "solitária". Nesse tipo de cisticercose, a larva da tênia instala-se no sistema nervoso central – no encéfalo (parte do sistema nervoso central contida no interior da caixa craniana, composto das seguintes estruturas: cérebro e cerebelo (massa encefálica), meninges, espaço subaracnóideo, cisternas, sistema ventricular e liquor (líquido cefalorraquiano) ou na medula espinhal (estrutura cilíndrico-tubular que se estende desde o pescoço até a base da coluna vertebral dentro de um túnel, formado pelos espaços internos das vértebras, chamado canal medular. Continuação do encéfalo, a medula é, como ele, envolta pelas meninges. Dela partem nervos para o pescoço, o tronco e membros), provocando desde leves a graves lesões, que podem ser fatais).


Características
A neurocisticercose é a parasitose mais comum do sistema nervoso central, acometendo homens e mulheres de todas as idades – mas o maior número de casos ocorre na faixa dos 20 aos 50 anos. Com distribuição geográfica universal e, segundo estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), provocando cerca de 50 mil mortes anuais, essa doença é rara em países de bons hábitos sanitários e comum em áreas com populações que vivem em condições precárias de higiene, sobretudo na Ásia, na África e na América Latina. No Brasil, onde a incidência é alta, ela predomina em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás.


Causa
Para existir, essa parasitose exige dois seres vivos chamados hospedeiros, um definitivo e outro intermediário. No ciclo natural, o ser humano é o hospedeiro definitivo, abrigando em seu intestino o verme adulto, e o porco é o hospedeiro intermediário, abrigando em sua carne o embrião desse verme.
O verme adulto da Taenia solium prende-se ao intestino humano pelas ventosas existentes em sua cabeça. De seu pescoço curto sai o corpo, que vai crescendo e descendo continuamente por dentro do intestino do homem, em forma de uma "fita" que atinge vários metros de comprimento, até chegar às porções finais do tubo digestivo, causando um quadro clínico denominado teníase. Quando a pessoa evacua, segmentos do corpo da tênia (chamados proglotes), cheios de ovos com embriões,são eliminados com as fezes. Se a evacuação é feita no solo, como ocorre em muitas áreas do meio rural, cada proglote, ao se romper, libera de 80 a 100 mil ovos, que são espalhados pelas chuvas e pelo vento, atingindo plantas rasteiras, como hortaliças, e contaminando a água de irrigação e de beber.
O ciclo prossegue quando o porco ingere esses ovos ao fuçar o solo para se alimentar. No aparelho digestivo do animal, os ovos liberam embriões que penetram em seus vasos sanguíneos e acabam chegando a diversas partes do organismo, entre elas os músculos – ou seja, a carne do porco. Ali instalado cada embrião transforma-se numa larva, contida dentro de uma bolsa, chamada cisticerco.
O homem é o único ser no qual essa larva encapsulada se transforma em verme adulto. Isso ocorre quando a pessoa ingere carne de porco semicrua com cisticerco – ao chegar no trato digestivo, este libera a larva, que se fixa na parede do tubo intestinal e começa a se desenvolver, gerando um novo verme adulto, a tênia ou solitária.
1- Se o homem tem teníase como hospedeiro definitivo e o porco tem cisticercose como hospedeiro intermediário, como pode uma pessoa adquirir a cisticercose?
O ser humano adquire a cisticercose quando faz o papel de hospedeiro intermediário, abrigando em seu organismo o cisticerco. Isso pode ocorrer quando a pessoa ingere os ovos dos proglotes, por dois modos:
- Hétero-infestação: pela ingestão de alimentos (como hortaliças) ou água contaminados;
- Auto-infestação externa: nos casos de contaminação oral por ovos das próprias fezes (mão contaminada levada à boca).
Quando os cisticercos se fixam no encéfalo ou na medula espinhal, instala-se o quadro de neurocisticercose, respectivamente encefálica ou espinhal.


Diagnóstico

1- Neurocisticercose Encefálica
É baseado no exame clínico, na avaliação dos sintomas, na tomografia computadorizada, na ressonância magnética e no exame de líquor, sendo que a tomografia fornece grande contribuição ao diagnóstico, permitindo identificar as formas viáveis, calcificadas e a hidrocefalia. Se necessário, recorre ainda à biópsia e até a uma intervenção cirúrgica para esclarecimento diagnóstico.

2- Neurocisticercose Espinhal
Com recursos iguais aos que emprega para o diagnóstico da neurocisticercose encefálica. Só que neste caso a tomografia computadorizada dá uma contribuição bem menor para a identificação do problema do que a ressonância magnética. Quando não se dispõe da ressonância, o diagnóstico pode ser auxiliado pela mielografia (exame consistente em radiografias da coluna vertebral, feitas após introdução de substância de contraste no espaço subaracnóideo da medula) e mielotomografia (tomografia computadorizada da coluna vertebral, feita após introdução de substância de contraste no espaço subaracnóideo da medula).


Sintomas
1- Neurocisticercose Encefálica

Os sintomas e a gravidade da doença relacionam-se basicamente à localização do cisticerco do encéfalo. Por esse motivo, consideram-se duas variantes:
- Neurocisticercose parenquimatosa – ocorre quando os parasitas se situam na massa cerebral, ou seja, no parênquima encefálico.
Nesta forma, os sintomas são produzidos pela própria presença do cisto e da calcificação e pela reação inflamatória do cisto em degeneração. A manifestação mais comum é a epilepsia – segundo as estatísticas, presente em até 80% dos casos –, traduzida por diversos tipos de crises, de acordo com o local onde se encontra o cisticerco no parênquima.
Ela ocorre de modo generalizado ou manifesta-se por convulsões ou ataques, envolvendo partes do corpo e mesmo por crises de ausência. O quadro de sintomas inclui dores de cabeça, alterações no comportamento, distúrbios psiquiátricos, rebaixamento intelectual e, nos casos de intensa infestação, até demência.
Nessa localização a doença pode se apresentar sob duas formas:
- forma tumoral: cistos em degeneração produzem intensa reação inflamatória em seu redor, levando ao surgimento de sintomas causados por compressão e deslocamentos de estruturas próximas, principalmente paralisias de partes do corpo e mesmo hipertensão intracraniana. Encerrado esse processo de inflamação que elimina o cisto, resta no local uma calcificação.
- forma edematosa (ou encefalítica): mais comum na mulher, ocorre quando há grande infestação do parênquima, por dezenas de cistos em degeneração simultânea, desencadeando intensa reação inflamatória. Esta, por sua vez, ocasiona acentuado edema (inchaço) em todo o cérebro, provocando hipertensão intracraniana e sintomas como dores de cabeça, vômitos, sonolência e rebaixamento da consciência e da visão. Às vezes ocorrem convulsões e, nos casos mais graves, o quadro pode evoluir para a morte.
- Neurocisticercose extraparenquimatosa – quando eles se localizam no sistema ventricular (conjunto de cavidades (ventrículos) que se intercomunicam, situadas no interior da massa encefálica), no espaço subaracnóideo e nas cisternas. Nessa variante de neurocisticercose encefálica, os sintomas e as complicações relacionam-se diretamente com o local envolvido fora do parênquima. Assim, se a localização for no espaço subaracnóideo, podem ocorrer um só cisticerco isolado ou diversos deles espalhados. Quando entram em degeneração, eles provocam, como resposta do organismo, uma inflamação das meninges (três membranas superpostas que revestem a massa encefálica e a medula espinhal. De dentro para fora, elas se chamam respectivamente: pia-máter, aracnóide e dura-máter) e, como conseqüência, um quadro clínico típico de meningite, com dores de cabeça, vômitos e febre. No espaço subaracnóideo também podem se desenvolver cistos gigantes, arredondados, ovalados ou em cachos que, devido a seu tamanho, também podem causar compressão da massa encefálica e de ventrículos.
Se a localização for em cisternas, o parasita pode apresentar-se na forma de cisticerco racemoso que, como se fosse um tumor, comprime estruturas próximas ou que atravessam a área (como nervos, por exemplo), podendo causar alterações visuais e auditivas, e de movimentos dos olhos, da face e de membros.
Também na região cisternal, o cisticerco racemoso pode produzir a chamada meningite cisternal crônica, uma das mais graves complicações da neurocisticercose encefálica. As meninges que delimitam a cisterna afetada tornam-se fibrosadas (engrossadas), causando aderências, comprimindo estruturas e obstruindo a circulação do liquor. Isso provoca hidrocefalia, ou seja, acúmulo de liquor nas cavidades ventriculares, que vão ficando cada vez mais dilatadas. Em conseqüência, aumenta a pressão intracraniana e sobrevêm dores de cabeça crescentes, vômitos, alterações visuais e, em graus mais avançados, diminuição da consciência.
Se a parasitose é no sistema ventricular, a principal complicação é a hidrocefalia. Esta pode se manifestar em episódios intermitentes, quando o cisto viável sofre deslocamentos no interior da cavidade ventricular, alternadamente obstruindo e liberando a passagem do liquor – é a chamada síndrome de Bruns. A hipertensão intracraniana gerada pela hidrocefalia produz dores de cabeça contínuas de intensidade crescente, vômitos, alterações visuais e, em graus mais acentuados, diminuição e até perda da consciência.
As manifestações clínicas da neurocisticercose variam segundo a intensidade da infestação (um, alguns ou dezenas de cistos) e da inflamação produzida pelos cistos em degeneração. Quanto maior a reação do organismo contra os parasitas, tanto maior será a reação inflamatória, com repercussões também mais intensas para o próprio encéfalo.
O cisto viável, em geral, vive em harmonia com o encéfalo e não traz perturbações. Os sintomas surgem somente quando ele entra em degeneração. Em alguns casos, a doença evolui de modo discreto, com crises epilépticas esporádicas ou leve dor de cabeça; em outros, pode haver uma epilepsia de difícil controle; em outros ainda, pode se desenvolver aumento de pressão dentro da cabeça (hipertensão intracraniana), com o risco de evolução para coma (diminuição do estado de consciência, que pode ir desde leve rebaixamento até perda total da consciência e da capacidade de respirar espontaneamente. Quando não há qualquer reação da pessoa aos estímulos, diz-se que o coma é arreativo) e até mesmo morte.

2- Neurocisticercose Espinhal
O doente tem paralisias e alterações da sensibilidade nos braços e nas pernas, em combinações variáveis na forma e na intensidade, bem como dores que se irradiam para braços, pernas, tórax e abdome. Se houver associação das neurocisticercoses espinhal e encefálica, os sintomas de ambas podem aparecer simultaneamente num mesmo paciente.


Prevenção
A falta de informação, a ausência de padrões mínimos de higiene sanitária e o disseminado hábito de consumir carne de porco crua ou mal cozida são os fatores responsáveis pela alta incidência dessa grave doença em nosso meio. Assim, a prevenção depende essencialmente de uma atuação vigorosa das autoridades de saúde, tanto no nível da informação às populações mais afetadas quanto no da fiscalização das condições de higiene nos criadouros e abatedouros de suínos.
Seguem-se informações sobre cada uma das duas formas básicas da neurocisticercose.
1- Neurocisticercose Encefálica
O embrião da tênia que, levado pela corrente sanguínea, atinge o encéfalo, transforma-se, em aproximadamente dois meses, num cisticerco, que pode chegar ao diâmetro de 4 a 20 milímetros. Na evolução natural, ele morre em dois a cinco anos por degeneração de suas estruturas e fica uma calcificação onde ele estava.
O cisticerco vivo, chamado de cisto viável, apresenta-se na massa encefálica (conjunto formado, no encéfalo, pelo cérebro e cerebelo) como uma bolsa cheia de líquido claro, contendo a larva. Quando o parasita entra em processo de morte (cisto em degeneração), sua destruição desencadeia uma reação inflamatória e inchaço de intensidade variável na região em torno dele.
No espaço subaracnóideo (pequeno espaço na massa encefálica entre as meninges aracnóide e pia-máter. A massa encefálica e a medula espinhal são revestidas por três meninges (membranas) superpostas: a dura-máter, a aracnóide e a pia-máter) e no das cisternas (locais onde o espaço subaracnóideo é anatomicamente dilatado), onde existe o liquor (substância líquida contida nas membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, nutrindo-os e protegendo-os contra choques. O mesmo que líquido cefalorraquiano ou fluido cérebro-espinhal), o cisticerco pode sofrer uma transformação e adquirir o aspecto de um aglomerado de cistos (em forma de cacho de uvas) de grande tamanho. Nesse caso, ele recebe o nome de cisto racemoso e pode atingir mais de 50 milímetros.
A neurocisticercose é considerada como em fase inativa quando representada apenas por cisticercos calcificados. Se os cistos são viáveis ou em degeneração, diz-se que ela está em fase ativa.
2- Neurocisticercose Espinhal
O cisticerco pode chegar ao canal da medula espinhal de dois modos: pela circulação sanguínea ou pelo espaço subaracnóideo, arrastado pela movimentação do liquor. O parasita pode provocar lesões comprimindo as estruturas a ele adjacentes, desencadeando inflamação local ou provocando reações inflamatórias das meninges, o que causa as chamadas aracnoidites constritivas, que comprimem e estrangulam a medula.


Tratamento
1- Neurocisticercose Encefálica
Medicamentoso:
- cisticidas (ou parasiticidas), capazes de causar a morte do parasita;
- antiepilépticos, para combate das crises epilépticas como ataques, convulsões e ausências;
- corticóides, que têm ação antiinflamatória;
- analgésicos, antitérmicos e antieméticos, respectivamente para aliviar dores, baixar a temperatura e combater vômitos.
Em casos graves, o médico pode optar pela via cirúrgica.
Cirúrgico
Dependendo do quadro, o médico poderá optar por:
Derivação ventrículo-peritonial ou ventrículo atrial – É usada para correção da hidrocefalia e alívio da hipertensão intracraniana. Consiste em fazer uma comunicação do sistema ventricular com o peritônio (membrana que reveste as cavidades abdominal e pélvica), no abdome, ou com o átrio (Cada uma das duas câmaras (cavidades), direita e esquerda situadas acima, respectivamente ,de cada ventrículo no coração) no coração, para que o liquor acumulado se escoe para essas áreas.
Cirurgia neuroendóscopica – Faz-se a abertura de um orifício de alguns milímetros no crânio, por onde o endoscópio é introduzido e dirigido até o cisto a ser retirado.
Craniotomia – Operação feita com abertura do crânio para abordagem direta da cisticercose intraventricular, cisternal e de cistos gigantes subaracnóideos .

2- Neurocisticercose Espinhal
Os parasiticidas não têm vantagem comprovada nesta localização. Basicamente, o tratamento é feito com corticóides, bastante úteis na redução do processo inflamatório. Em casos graves, o médico pode optar pela via cirúrgica para extrair os cistos.
FONTE:
Colaboração

Dr. Pedro Camilo de Almeida Pimentel
http://www.einstein.br/SGPO/FormulariosExternos/EspacoSaudeDoencas/wFrmImpressaoDoenca.aspx?SGDODoen=55


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

PALUDISME



Le thème de cette huitième édition : LE PALUDISME : MOYENS DE LUTTE ET PRÉVENTION

Avec 300 millions de victimes chaque année dans le monde, le paludisme continue de faire des ravages. Grâce à l’utilisation de moustiquaires imprégnées, de la pulvérisation d’insecticides et de traitements préventifs pendant la grossesse, on a sauvé ces dix dernières années la vie de près de 750 000 enfants en Afrique. Cette maladie n’est pas encore enrayée car l’un des principaux problèmes est que le parasite du paludisme est de plus en plus résistant aux traitements classiques. Le Bénin se mobilise contre cette maladie. Reportage à Cotonou.

Le geste qui sauve : LE PRÉSERVATIF FEMININ